Pelo direito de oprimir: Se essa rua fosse minha

Operações 8 de Out de 2023

A segurança da população é um dos tópicos que mais abordamos em nossas operações porcos fardados. Infelizmente, no Brasil, ainda enfrentamos um alto índice de violência. E quanto à polícia, sabemos que sua atuação nunca foi sinônimo de proteção e segurança para a população. No cenário de guerra, temos um estado que se destaca aos demais: Bahia.

É preciso passar a se preocupar com a maldade que habita nas forças policiais. A Bahia, por ser a região na qual a polícia mais mata inocentes, fica ainda mais evidente que o Estado, através das suas mãos mais raivosas (polícias), quer coagir e constranger a população, em vez de estar sendo o seu escudo protetor.

Nós estamos atentos a todos os casos que aparecem sobre opressão policial e, dessa vez, felizmente, não houve mortes. Porém, com uma pré-adolescente, o porco Wellington mostrou como se deve agir para “trazer segurança”, desde crianças e até mesmo idosos.

Veja no vídeo abaixo a conduta deste porco que, mesmo estando errado, se coloca como certo e usa sua força contra os moradores da cidade de Camaçari/BA.

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Caso isolado Wellington

Tudo começou quando uma adolescente de 12 anos caminhava para a escola. No trajeto, precisou passar pela rua, já que a calçada estava esburacada. Foi aí que seu caminho cruzou com o do porco fardado Wellington. Ao tentar se desviar dos buracos, ela é atropelada pela viatura dele, onde seu braço bate no retrovisor e o equipamento quebra.

A reação do porco fardado foi extremamente abusiva e opressora, sendo que ele impediu que a jovem seguisse para a escola e, quando ela demorou a fornecer o número de celular do seu pai, o porco continuou a coagir e constranger a jovem:
“Você sabe quanto custa uma porra dessa? Vá ali e pegue o pedaço que caiu no meio da rua para você aprender a ter educação. Vá que eu vou ligar para seu pai agora.” Ele gritava usando a “autoridade” que acha que tem por possuir uma farda para oprimir uma pré-adolescente e sua mãe, além de outra senhora presente no momento.

Claramente houve violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente, posto que na função de policial, como representante do Estado, caberia ao porco zelar pelo direito da adolescente, ao invés de ofendê-la, constrangê-la, ou a expor a qualquer situação vexatória. Trata-se de violência psicológica e institucional, que teve como autor aquele que deveria proteger a população.

É possível ver no vídeo ele alegando que deu farol alto por 3 vezes, para avisar a menina, em plena luz do dia. Fato que, para ele, foi o suficiente para constatar que a adolescente teria feito de propósito, e justificar a ameaça quando ele diz:

“Um bando de mal-educado, quebra a porra dos outros e depois vem com mimimi. Espero que seu pai não crie problema para resolver a porra do meu negócio, senão vai ser pior.”

Deixando a menina e duas mulheres presentes completamente amedrontadas e subjugadas ao que ele determinava.

Repressão policial no Brasil

A polícia no Brasil nunca teve como objetivo a defesa do nosso povo.
Desde a sua origem, ela existe para proteger os interesses da classe burguesa do nosso país, sendo considerada uma das formas de força de controle e repressão da população, amparada pelo Estado.

São inúmeros os casos de abuso de poder e/ou mortes de inocentes por operações policias ineficazes, que geram mais violência em vez de interromper ou solucionar o caso ocorrido, tendo em vista que, 7 das 10 cidades com maiores taxas de mortes violentas do país, ficam nos estados com as polícias mais repressivas e violentas.

Ainda nesse contexto, a Bahia, estado de atuação do porco fardado Wellington, está como uma das 3 regiões de polícias mais violentas do país, como podemos ver na ultima atualização do Anuário Brasileiro de Segurança Pública em 21/07/2023. Foram 1.464 mortes decorrentes de intervenções policiais somente em 2022.

Além disso, importante destacar o fato de que 83,1% das mortes decorrentes de intervenções policiais são de pessoas negras:

Enquanto que 45,4% das mortes decorrentes de intervenções policiais são de jovens entre 18 e 24 anos:

Quanto ao local onde as mortes ocorreram, em 68,1% dos casos foram em via pública:

Repressão policial na Bahia

O Instituto Fogo Cruzado, que monitora os dados da violência em algumas regiões brasileiras, apontou que na região metropolitana de Salvador, em média, 4 pessoas foram baleadas por dia na região no último ano. 34% dos tiroteios ocorreram durante ações policiais. Em média, 39 pessoas são baleadas por mês durante ações ou operações policiais. Ainda, segundo dados levantados pelo Instituto, no primeiro semestre de 2023 foram registrados 792 tiroteios, sendo que 285 ocorreram durante ações e operações policiais, que ceifaram 207 vidas e deixaram 45 pessoas feridas. Somente em julho foram registradas 64 mortes. E, entre os dias 28/07/2023 e 04/08/2023, pelo menos 32 pessoas foram mortas em ações policiais no estado.

A Bahia é governada pelo PT há 16 anos. Desde então foram criadas unidades policiais especializadas em confronto e de alta letalidade, como a Rondesp, a Patamo, o Bope e a Peto. O ex-governador Ruí Costa (2015-2022) não demonstrou interesse em instalar as câmeras nas fardas dos policiais, o que permitiria uma melhor apuração das ocorrências, e aprovou a Instrução Normativa nº 01/2019, determinando que os crimes contra a vida praticados por policiais militares deveriam ser investigados pela própria corporação, em uma clara tentativa de controlar todo processo e, talvez, esconder as informações sobre os casos. Somente em março desse ano o TJBA decidiu pela inconstitucionalidade da norma.

O novo governador Jeronimo Rodrigues e o novo secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, no inicio de seus mandatos fizeram a promessa de colocar as câmeras nas fardas, porém sem previsão de data.

Revolta

Ficou claro que o governo não tem preocupação nenhuma em mudar a realidade do estado, a incompetência e negligência têm um preço alto, que é cobrado todos os dias da população. Enquanto forem pobres e pretos as vitimas dessa corporação, para eles pouco importa.

Como o porco fardado Wellington pode se sentir no direito de usar a sua posição para coagir uma menina? Por que ele acha que tem autoridade para impedir que ela continue seu deslocamento para a escola, quando ele poderia ter parado o carro e a deixado passar? Um homem adulto, fardado e armado pelo Estado, praticou violência psicológica contra uma menina de 12 anos, tendo como motivo um retrovisor, ameaçando a sua família e, mesmo assim, saiu impune.
Quantos casos mais de abuso de autoridade, entre outras formas de opressão, serão necessários para que alguma coisa finalmente aconteça com essa instituição chamada Policia Militar?

Não podemos assistir nosso povo sendo oprimido todos os dias por forças do Estado e apenas consentir, o porco fardado Wellington e quem achar que tem o poder sobre nós é quem deve ser educado e colocado em seu lugar, e é o que faremos, pois estamos em todos os lugares.

Nós não perdoamos,
Nós não esquecemos,
Nós somos Anonymous,
Nós somos EterSec,
Nos aguarde!

Exposed

NOME: WELLINGTON COSTA DE MELLO
SD 1ª CL - QPPM
MATRICULA: 30388396-3
CPF: 944.288.405-00
NASCIMENTO: 13/04/1979
CNH: 02146539149
RG: 635103834 SSP/BA
PIS: 13053936894
CNS: 706809743964726
Titulo Eleitor: 098113250531 / 018 / 0155
Registro OAB: 31933E OAB/BA
Emails:
wellington@costanunes.com
wmelogse@hotmail.com
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