#OpCasadeVidro Fábio Faria

Operações 23 de Dez de 2022

Saudações, brasileiros.

Hoje viemos expor mais um elemento do sistema, que abusa do poder que sua posição lhe confere, para benefício próprio. Fábio Farias foi exonerado em 21 de dezembro, após pedir para deixar o cargo no Ministério das Comunicações. Ele se despede do governo dizendo estar com o sentimento de dever cumprido. Entretanto, nós perguntamos a vocês, qual dever foi esse que ele cumpriu? Na realidade o que ele fez foi usar seu papel institucional para atacar os sistemas, questionou a pesquisa do IPED, convocou coletiva para atacar uma instituição, usou a rádio do pai em relatório ao TSE.  

Fábio foi responsável por convocar uma coletiva de imprensa na qual o objetivo era deslegitimar o período de campanha eleitoral. Usando de exemplo a rádio do pai, ele denunciou uma suposta fraude na diferença de inserções de rádio da campanha de Jair Bolsonaro e a do Lula. Mais recentemente a mídia fez questão de veicular que Fábio diz "ter se arrependido" da suposta denúncia. A mídia só esquece de dizer que ele não está tão arrependido assim. No próprio Twitter, Farias fez questão de ressaltar que o erro foi ter usado a denúncia para adiar as eleições. Ou seja, a acusação leviana não estava tão errada assim. Nessa, ele escapa de crime eleitoral. Na mesma declaração, ele diz ser justa a reposição das inserções da campanha. Só esquece de mencionar que boa parte da perda de espaço eleitoral do PL está diretamente associada às decisões do TSE sobre retirada de propagandas ofensivas e direito de resposta que Lula ganhou por ser acusado injustamente pela campanha.

Farias em um momento de devoção ao seu mito, deixou o papel de Deputado Federal para assumir o cargo de ministro da comunicação quando teve o desmembramento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. No seu papel de ministro ele flertou com privatizações, desinformação e foi coordenador da campanha de reeleição de Jair. Nessa última função, ele fez questão de abusar do poder ao sugerir o fechamento do Ipec por fraude na pesquisa que apontava o crescimento de intenção de votos de Lula. Além de alimentar discursos que visavam deslegitimar as eleições. Agora que a tal "revolução" não aconteceu, quer sair de fininho como se não tivesse responsabilidade pelo contexto social e político que nos encontramos.

É cômico pensar que ele nem consegue perceber crítica feita a ele. Por exemplo: o momento em que ele entra no bar, é recepcionado pela música *Bella Ciao* e não entende o antifascismo da coisa. Ele é o invasor que queremos dar adeus na música. É engraçado como em 2021 ele diz não haver corrupção no governo Bolsonaro, mas o leilão do 5G foi algo questionável como apresenta a reportagem do Intercept Brasil. Na investigação, eles apontam como os valores de Fábio não batem com a realidade - tanto no preço e infraestrutura a ser leiloada, quanto no valor de R$ 155 mil em diárias na viagem de visita às empresas que produzem tecnologia relacionada ao 5G. Qual o valor da comodidade para o cargo que exerce?

Elon Musk?!

Embora negando até o último minuto, Farias se encontrou às escondidas com Elon Musk e Jair Bolsonaro em um hotel em São Paulo. No mesmo dia, o governo anunciou uma parceria com a Starlink para uso de monitoramento por satélites na Amazônia. Estavam lá também o general Heleno, Carlos França e Ciro Nogueira discutindo sobre como o bilionário pode auxiliar a "mostrar a realidade", como disse Bolsonaro. Que realidade é essa que eles querem ver através da coleta de dados dos satélites? Por trás do discurso do bom moço, o mesmo cara que deixou passar a boiada discute com o dono do Twitter de como devem proteger a Amazônia do desmatamento. É no mínimo irônico. Bolsonaro fez questão de citar as riquezas minerais da região e o potencial de investimento. Musk, além de faturar algo para si, recebe medalha de Ordem do Mérito da Defesa pela sua ajuda ao Ministério da Defesa, às Forças Armadas do Brasil e por uma "força singular, com reflexos positivos nas outras Forças". O que talvez passe por entre as linhas é o interesse de Musk nisso tudo.

Bom, Farias disse em audiência pública que a ideia era "garantir conectividade de escolas e monitoramento via satélite na Amazônia". Mas, existe uma intenção por trás do interesse que Elon Musk tem na Amazônia, como mostra a reportagem do Open Democracy. O texto em questão apresenta 3 motivos que, interligados, mostram a extensão do interesse econômico nessa história. Um dos pontos é a região ser mais do que uma expansão do projeto Starlink: é também rica em reservas de níquel. Esse mineral disponível na Amazônia é matéria-prima de baterias, como, por exemplo, as de veículos elétricos. Veículos esses que Musk comercializa na sua fábrica, Tesla. Todo esse diálogo de Musk com o governo Bolsonaro foi intermediado por Farias em mais de 6 ocasiões.

Entre tantos outros fatos, Farias também defende a privatização dos Correios e posta no LinkedIn que o Brasil tem a 4ª menor inflação do G20, distorcendo, ao tirar do contexto, o dado. Fábio sai do cargo criticando o governo e se fazendo de arrependido. Mas, ele ainda tem ideais que alimentam o sistema opressor que sempre fez parte. Farias ainda é uma peça desse sistema da extrema-direita que alimenta a opressão, o desmatamento e a invasão de terras indígenas. Ele não pode deixar de ser responsabilizado pelo uso das instituições do Estado e da mídia para campanha e promoção do governo Bolsonaro, além de abusar do poder em desinformação.

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