OP CARREFOUR - PAGOS PARA TORTURAR E MATAR

Operações 7 de Mai de 2024 BR BR

Saudações,

Nesse fim de semana, completou 1 ano de uma das tantas e cruéis atrocidades cometidas pelo grupo Carrefour em associação com suas parceiras de crimes (empresas de segurança) representadas por seus monstros, treinados para repelir a presença de pretos e pobres nas dependências das lojas da multinacional francesa.

Nessa data, ocorreu uma espécie de memória ao "tronco": uma das mais cruéis "punições" aplicadas exclusivamente à gente preta, consideradas, por eles, como rebeldes e desagregadores, nunca a brancos, pois acreditavam que negros não eram humanos. Essa era a época da escravidão, com vidas de pessoas sob domínio dos senhores de Engenho.

Há mais de 15 anos, assistimos atônitos aos horrores proporcionados por essa gigante mundial do varejo que utiliza o nosso território e a nossa mão de obra farta e barata, sempre com o intuito de lucrar a qualquer custo. Por esses e outros motivos, viemos expor os atos criminosos e absurdos praticados por essa empresa e seus parceiros monstruosos.

A maldita herança de racismo

O racismo, infelizmente, é um velho conhecido de todos nós, mas ainda há quem não saiba - e alguns até negam - o que é o racismo estrutural.

Desde os tempos de escravidão, no século XVI, o racismo estrutural entranhou-se culturalmente e de forma profunda no Brasil. Além de retirarem todas as liberdades do povo negro, ainda lhe impuseram estigmas, tentaram destruir sua linhagem, costumes e sua religião. Dessa forma, procuram a todo custo promover a eliminação de sua identidade a qualquer custo.

E, mesmo com a abolição da escravatura, a visão preconceituosa que inferioriza raças, ainda vêm sendo perpetuada pela sociedade até hoje, negando a eles formas de reparação, direitos, assistência social, políticas públicas de inclusão, integração na sociedade e no mercado de trabalho. Conceitos basilares do mundo em que vivemos, se mantém privilegiando uma minoria branca. O racismo enraizado é essa herança maldita que muitos ainda negam existir, mas que constatamos diariamente sua existência em todas as camadas do sistema, seja ela política, econômica, jurídica e de convívio social.

De maneira simples, podemos definir o racismo estrutural como a discriminação que tem como base, percepções sociais pejorativas, que foram determinadas e normalizadas pelas elites corporativas escravagistas e exploradoras, associando à cor da pele, descendência, origem étnica e outras características físicas, privilégios que somente a população branca deveria ter em detrimento das outras.

Em um país com uma desigualdade social e racial crescente, também não há como não falarmos do furto famélico, aquele em que a pessoa o comete para se alimentar ou alimentar sua família. Uma característica desse tipo de furto é o valor insignificante dos produtos em relação ao poder econômico de quem foi furtado. Alguns pedaços de carne, alguns pacotes de leite ou de bolachas não deixarão menos rico o supermercado que os perdeu, porém, significa menos um dia de sofrimento para quem tem fome.

Quem seria tão desumano a ponto de não ter misericórdia de famintos que se encontram em uma situação de não conseguir prover alimentos para os próprios filhos? Pois é, o Carrefour e sua parceira de crimes, CZ Segurança Patrimonial, não só não tiveram qualquer misericórdia, como ainda torturaram um casal negro que tentava levar um pouco de leite para casa, em um dos casos investigados.

As vítimas mantidas em uma sala da segurança enquanto eram torturadas. Fonte: internet

Em uma loja do Carrefour, em Salvador (BA), um casal negro foi levado até uma sala da equipe de segurança e foi torturado por 2 míseros pacotes de leite em pó que seriam usados para alimentar sua filha. Como se toda a ação violenta não fosse absurda e humilhante o bastante, os agressores ainda tiveram a indignidade de gravar toda a tortura, como podem ver nesse link.

Em depoimento à Polícia Civil da Bahia, que apura o caso, a vítima contou que apanhou com uma barra de ferro na cabeça e na perna, além de receber socos, chutes e arranhões.

Essa rede podre chamada Carrefour, mais uma vez, cospe em nossas faces com esse ato repugnante! Dois pacotes de leite, DOIS! Esse foi o estopim para que um casal faminto fosse tratado como lixo!?? Não foi um furto por luxo, por ganância, por prazer. Foi um ato de desespero de pais que não queriam ver sua filha DEFINHAR de fome!

As vítimas também foram ameaçadas de morte. A vida dessas pessoas vale 2 pacotes de leite? Como dizia a exaltada cantora Elza Soares: "A carne mais barata do mercado é a carne negra!" Até quando veremos tamanha violência e racismo dessas empresas multimilionárias sem que nenhuma providência plausível seja tomada contra elas?

Em vez de compaixão ou, no mínimo, respeito, o casal foi recebido com açoites modernos! Não com chicotes, mas com socos e chutes. Uma barra de ferro transformada em instrumento de tortura, todo o ódio elitista branco concentrado contra a carne negra. Gritos de "preto" e "desgraça" ecoaram pelos corredores do supermercado, tal qual como nas antigas senzalas.

Na foto, a mochila com os 2 pacotes de leite para alimentar sua filha pequena. Fonte: internet

O Carrefour tem dois pesos e duas medidas. Quanto ao furto famélico, agem contra a dignidade humana, com humilhação e violência. Entretanto, quando se trata de seguir às leis tributárias brasileiras, a multinacional é bem diferente nas suas ações, já que deve milhões em impostos e não parece ter nenhuma pressa em pagar, recorrendo sempre a manobras jurídicas para postergar suas obrigações o quanto pode.

Verificamos que o grupo empresarial deve R$ 105.732.686,09 em impostos (ICMS) para Estado de SP. Em outro processo de execução fiscal, devem R$ 304.833,56 de IPTU para a Prefeitura de SP. Há pelo menos 3 processos de execução fiscal contra o Carrefour no TJSP. QUEM É O VERDADEIRO CRIMINOSO? Aquele que furta algum alimento para não morrer de fome ou aquele que, possuindo mais de 500 lojas só no Brasil e um patrimônio bilionário no mundo todo, decide não pagar os impostos devidos e previstos em lei?

O sistema capitalista perpetua desigualdade e injustiça, permitindo que pessoas sejam tratadas como criminosas por precisarem se alimentar, enquanto as grandes corporações acumulam lucros exorbitantes e sonegam valores absurdos de impostos.

A hipocrisia e a falta de vergonha na cara dessa gente milionária é tão grande que, após a repercussão desse caso repugnante, a empresa se manifestou da forma mais genérica que poderia, negando em suas redes sociais que o funcionário que aparecia na filmagem era empregado da loja e, como sempre fez em outros casos parecidos, disse que "tomaria as medidas cabíveis" e que o ocorrido era "inadmissível".

Sabemos que esse tipo de nota é apenas por aparência, um protocolo para justificar e isentar a empresa de qualquer responsabilidade, para ficar de bem com a opinião pública.

Se vocês repudiam tanto o racismo e a violência como dizem em suas declarações vazias, por que esse tipo de conduta desprezível tem se repetido tantas e tantas vezes em suas lojas, senhores milionários do Carrefour?

15 anos de racismo, tortura e humilhações

O histórico de violência injustificada e os casos de racismo do Carrefour são bem grandes, contando apenas os que foram denunciados ou repercutiram na mídia. Os anos se passaram e as situações continuam se repetindo: humilhação, tortura e até morte de inocentes.

Vamos relembrar algumas dessas barbaridades:

2009

Seguranças de um hipermercado do grupo, na cidade de Osasco, agrediram um vigia e técnico em eletrônica no estacionamento. Alegaram que ele tinha sido "confundido" com um ladrão e o acusaram de roubar seu próprio veículo. Mas nós sabemos bem que não houve confusão, foi apenas mais um episódio podre de racismo por parte de quem foi treinado para violentar e enxergar pretos como potenciais criminosos.

2018

Mais um episódio de terror nessa empresa bestial: A cadela Manchinha que estava no estacionamento de uma das lojas da empresa, na mesma cidade, morreu após ser envenenada e espancada com uma barra de metal (parece até que faz parte do kit de trabalho) por um dos seguranças. Que tipo de monstro faz uma coisa dessas?

Fonte: internet

No mesmo ano, em uma unidade na cidade de São Bernardo do Campo, funcionários agrediram um cliente que abriu uma lata de cerveja dentro do estabelecimento. Mesmo dizendo que ia pagar por ela, ele foi perseguido pelo gerente e um segurança, levado até um banheiro onde foi estrangulado e espancado. O homem, que possui deficiência física, teve várias fraturas e ficou com uma perna mais curta que a outra devido à cirurgia que precisou fazer após essa horrível agressão.

Fonte: internet

Em Passo D'Areia, nesse ano, ocorreu o caso de uma publicitária que, por ter retirado o telefone da bolsa para atendê-lo e depois devolvido, foi abordada no estacionamento por agressores uniformizados que a tomaram pelo braço e carregaram para uma sala no interior da loja. Lá, e em companhia das duas filhas menores de idade, a mulher foi acusada de ter roubado um produto e obrigada a tirar a roupa para provar que aquela acusação era mentira. Para esses inescrupulosos bandidos travestidos de segurança, não há limites para o constrangimento alheio!

Ainda em 2018, uma mulher foi espancada e estuprada no interior da loja dessa nojenta multinacional, no RJ. Ela foi flagrada furtando alguns poucos alimentos e então foi levada para uma salinha, onde foi brutalmente espancada com um pedaço de madeira e, depois, foi estuprada como "castigo". Tentem imaginar a dor, a humilhação e o trauma que essa mulher vivenciou e ainda foi presa após passar por tudo isso. Por sorte, quem lhe ouviu na audiência de custódia foi uma juíza que decidiu contar a sua verdadeira história em uma postagem no Twitter.

Fonte: Twitter

2020

No RJ, uma funcionária negra passou por uma humilhação terrível e criminosa. Ela recebeu de um colega de trabalho um avental em que estava escrito "só para branco usar". Ao relatar aos seus chefes o ocorrido, em vez de apoio, sofreu mais humilhações. Dias depois, foi demitida sob a justificativa de que "havia se envolvido em situações conflitivas com os colegas de trabalho". Enquanto o preto inocente leva punição em dobro, o branco privilegiado ri na cara da justiça. Eis o racismo estrutural.

Fonte: internet

Em Recife, no mesmo ano, um funcionário teve um ataque cardíaco e faleceu no interior da loja. Ao invés de fecharem as portas imediatamente e prestarem o devido atendimento à vítima caída no chão de uma das seções, o mercado apenas instruiu seus outros funcionários a cobrir o corpo com guarda-sóis e cercá-lo de caixas de papelão para que não atrapalhasse o funcionamento do expediente. O corpo da vítima de 53 anos permaneceu no mesmo local das 8h as 12h, quando o IML foi até lá para retirá-lo. Tudo em nome do dinheiro, não é Carrefour? Até mesmo passar por cima do mínimo da dignidade humana.

Fonte: internet

Ainda em 2020, João Alberto Silveira Freitas (Beto) foi espancado até a morte no estacionamento de uma loja na zona norte de Porto Alegre (RS). Beto foi levado para fora do estabelecimento por 1 funcionária e 4 seguranças e, mesmo com diversas pessoas gravando, nenhum deles se importou em matar Beto bem ali, aos olhos de todas as testemunhas que pediam para que o soltassem. Beto morreu asfixiado enquanto seus agressores pisavam sobre ele caído ao chão do estacionamento, completamente indefeso.

Fonte: processo judicial

2021

Um novo caso de racismo cometido por essa empresa criminosa teve, desta vez, como alvo uma criança negra de 8 anos. O fato aconteceu na cidade de Salvador (BA) e a criança estava acompanhada de sua mãe, quando foi abordada por uma funcionária da loja que a acusou de furtar um pacote de miojo. A funcionária perguntou à criança negra se ela estava "comprando ou roubando". Carrefour, vocês nos dão NOJO!

Mais um funcionário foi humilhado em seu local de trabalho em 2021, no MS. Uma gerente se achou no direito de assediar moralmente um colaborador fazendo ele limpar o chão de joelhos enquanto ela continua a humilhá-lo. Parece até que essas práticas são ensinadas em cartilhas distribuídas pela própria empresa.

Fonte: internet

2023

Além do caso do casal torturado por furto famélico, houve outros 3 casos de racismo dentro do Carrefour nesse mesmo ano.

Uma professora negra, de 43 anos, foi perseguida por cerca de 30 minutos por um segurança enquanto fazia compras no supermercado, em Curitiba. Horas depois, a professora voltou para protestar sobre aquela abordagem abominável que sofreu. Ela se despiu e em seu corpo estava escrito: "Sou uma ameaça?". Nós sabemos quem é a verdadeira ameaça e ela tem milhões nas contas bancárias e faz o que quer com quem quiser, humilhando, disseminando seu ódio e seu racismo sem sofrer as consequências, porque a justiça está aos seus pés, ou pior, não vê nesses atos vergonhosos nada a ser punido.

Fonte: internet

Também no mês de abril, Vinícius de Paula, marido da bicampeã olímpica Fabiana Claudino, se dirigiu a um caixa vazio e a atendente se recusou a atendê-lo sob a desculpa de que poderia receber uma multa. Então é assim que vocês "treinam" seus funcionários, grupo Carrefour? Ensinam eles (e até obrigam), sob pena de multa, a serem racistas, odiosos, agressivos e covardes?
Vídeo do relato.

Uma semana depois, um cliente negro, de 24 anos, contou em suas redes sociais, de forma muito abalada, que sofreu perseguição por parte dos seguranças de um supermercado que ele frequentava há anos, em Olinda. Após ser autorizado por uma funcionária a entrar no estabelecimento com uma bolsa contendo algumas sacolas, que serviriam para carregar suas compras, ele logo percebeu 3 seguranças o seguindo pelas seções.

Quando não conseguem mais agredir, eles partem para o constrangimento até que você se sinta totalmente humilhado, esse é o prazer deles. BANDIDOS PERVERSOS!

A falsa máscara da bondade

A partir de 2021, é possível observar nas redes sociais da Carrefour muitas campanhas publicitárias com fotos de pessoas negras.

Fonte: Twitter

Essas publicidades utilizando pessoas pretas não querem dizer que eles são "bonzinhos" e "inclusivos". Não se iludam! Eles são apenas lobos em pele de cordeiro, sendo obrigados a cumprir o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) após cometerem tantos crimes.

Parte das obrigações definidas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)

A farsa de não estarem sendo obrigados a falar em "tolerância zero à violência" é tão evidente, basta olharmos as reais ações. Na prática, mostram toda a sua indiferença e crueldade em atos covardes de violência sórdida contra os mais vulneráveis! Enchem a boca com discursos hipócritas de "inclusão" e "antirracismo" enquanto dentro de suas lojas, punhos caem com força desmedida sobre os corpos frágeis de pretos, de pobres e de famintos! Hipócritas! Mais um capítulo dessa novela nojenta que a Carrefour insiste em escrever na sua história.

Mas essa falsa máscara de bondade não é nenhuma novidade. Em 2020, depois da morte de João Alberto Freitas, o Carrefour anunciou o fim do contrato com a Vector, cujos seguranças espancaram Beto até a morte e, através de sua hipocrisia sem limites, prometeu em uma entrevista ao G1 que não contrataria mais segurança terceirizada e teria como foco a implementação de práticas antirracistas.

Consta, até mesmo, em uma parte do TAC a proibição de contratação de empresa que tivesse policiais como proprietários:

Font: TAC

Mas isso está longe de ser o que vimos. O Carrefour não só voltou a contratar segurança terceirizada que tem como donos policiais (como o caso da CZ Segurança Patrimonial), como contratou a mesma empresa criminosa (Vector), bastando que ela trocasse de nome.

E, como se não bastasse toda essa articulação medíocre para parecer que eles têm o mínimo de ética, ainda ganharam um prêmio pela segurança, em 2021, depois do caso da morte do Beto. Vocês não entenderam errado. O grupo assassino Carrefour, ganhou da ABRAPPE um prêmio por "melhor projeto de segurança". Isso é tão inacreditável quanto abominável para nós. Um escárnio com o povo! (Fonte: Terra)

Cordialle (Vector) & CZ Segurança Patrimonial: treinando assassinos

Essas são duas empresas de segurança privada que, além de treinarem seus funcionários para torturar e assassinar pretos, também possuem fatos bastante "curiosos" a seu respeito.

Primeiro vamos falar da Vector, a empregadora dos assassinos de Beto, que mudou de nome, passou a se chamar Cordialle e o grupo Carrefour apenas fingiu trocar uma empresa pela outra, quebrando a promessa de não mais terceirizar o serviço de segurança de suas lojas.

É até irônico que os donos da empresa assassina nem se deram o trabalho de tentar disfarçar a sorrateira mudança, deixando o endereço da Cordialle bem em frente ao endereço onde era situada a Vector. Isso deixa ainda mais óbvio que a mudança de nome foi feita apenas para que a empresa não fosse mais vinculada à morte de Beto, tentativa de apagar essa mancha de sangue de seu histórico.

Os donos da Cordialle são os mesmos donos da antiga Vector, contendo, entre os sócios, policiais militares. A cabo Simone Aparecida Tognini, do 5º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), aparece como sócia nos documentos oficiais. O marido dela, também cabo da PM, Fabio Lino dos Santos, é o responsável pelo site do grupo. Um terceiro cabo da PM de SP, Fabio da Silva Riobranco, se apresenta nas redes sociais corporativas da empresa como gerente-geral do grupo.

Só o fato de policiais figurarem o quadro societário dessa empresa já é uma violação à lei, já que em seu artigo 37, inciso XVI, a Constituição Federal veda ao funcionário público na ativa (nesse caso policial) a participação societária em empresa privada. Mas é claro que eles não parariam sua lista de violações por aí. Fabio Lino, por exemplo, esteve envolvido em casos de corrupção em 2011, em SP, e foi gravado discutindo com outros PMs como repartir a propina que conseguiram para permitir o despejo de entulho em área de preservação.

Trecho de uma peça do processo de corrupção movido contra Fabio Lino

Outra situação de violação de normas ocorreu em junho de 2023, quando a Cordialle (Vector) teve alguns poucos minutos de fala em um coquetel de apresentação de patrocinadores promovido pela Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (ABRAPPE), e usou seu tempo para falar sobre - PASMEM - as práticas antirracistas adotadas pela empresa. Parece uma piada de mau gosto, sabemos.

Não se engane com essa falsa postura de arrependimento parecida com a da multinacional criminosa, pois é óbvio que tudo isso também foi imposto pelo TAC, assinado em 2021 pela antiga Vector, devido ao processo pelo assassinato de Beto. O que nos revolta ainda mais é o fato de estarem usando a campanha obrigatória antirracismo como estratégia para conseguir mais clientes, o que é expressamente proibido pelo próprio TAC:

"Em nenhuma hipótese poderá a COMPROMISSÁRIA pessoa jurídica apresentar, durante o período de fala aqui referido, qualquer dado, informação, projeto, proposta ou propaganda próprios de sua empresa, não sendo admitida qualquer espécie de autopromoção direta ou indireta do seu nome, seus produtos, desempenho e/ou atividades, devendo limitar-se a enfatizar a necessidade e a importância de se combater o racismo estrutural e a discriminação em todas as suas modalidades." - Trecho retirado do TAC.

O próprio Fábio Lino, PM ligado à empresa de segurança e envolvido em caso de corrupção em SP, falou em um podcast de 2022 que, durante a feira da ABRAPPE são feitos diversos contratos com clientes por conta dessa campanha.

"Colocamos, então, um banner constando essa questão aí do combate ao racismo estrutural. E o cliente então passou, um cliente de uma grande marca, passou e falou assim: 'nossa, eu já tive problema com isso em nossa empresa'. E então marcamos uma reunião, fechamos com o cliente, vamos implantar um posto, diga-se de passagem, nível Brasil, a partir do dia primeiro de novembro, graças a Deus." - Trecho do Podcast.

Quer dizer, então, que além de toda a dor, de todos os traumas e da perda de uma vida que vocês, Cordialle, causaram a uma família, ainda lucram a partir desses terríveis atos de racismo que cometeram? Estão mesmo cuspindo em nossa cara!!!

Pelo que observamos nas nossas investigações, a Cordialle só é agressiva quando o "prejuízo" é de baixo custo. Mas quando a dívida passa dos R$ 3 mil, de impostos devidos à prefeitura de Osasco, eles ficam bem mansinhos.

Processo: 1501667-27.2022.8.26.0405
Envolvidos: Fabio Lino e Simone x Prefeitura de Osasco
Resumo: Execução Fiscal - Dívida Ativa - Valor devido R$ 3.364,83

Na BA, a empresa CZ Segurança Patrimonial é quem está por trás de uma das mais absurdas ocorrências de racismo envolvendo a multinacional. O caso dos 2 pacotes de leite, onde os seguranças levaram o casal para uma salinha e os torturaram, foi o que acendeu os holofotes sob esses bandidos uniformizados.

Mas, o que poucos sabem é que, assim como a Cordialle, vocês também têm um histórico de violência e racismo que, se depender de nós, jamais será apagado da memória do povo.

O grupo Atakarejo, que já tinha parceria com a CZ desde 2020, foi palco para uma atrocidade monstruosa feita pelos seus seguranças. Em 2021, dois jovens de 29 e 19 anos, tio e sobrinho, foram flagrados furtando míseros 5kg de carne. Os porcos nojentos, que vestem uniformes e se acham deuses capazes de decidir sobre a vida alheia, tiveram a asquerosa ideia de entregarem os dois homens aos traficantes da região, pelos quais foram julgados e assassinados. Seus corpos só foram encontrados dias depois, dentro do porta-malas de um carro.

Em fevereiro de 2022, 3 garotos negros, de 14 a 19 anos, foram trancados em uma sala do Bompreço do Salvador Shopping e, além da agressão física, os seguranças os humilhavam aos gritos de "pretos favelados". Em certo momento até disseram que "preto não pode ter sonho algum, tem que pegar arma para trocar tiro". Era essa a desculpa que vocês da CZ queriam para poder matar preto sem causar horror nessa sociedade do racismo estrutural, não é? NÓS REPUDIAMOS VOCÊS!

Aliás, estamos curiosos para saber se está no contrato de trabalho dos funcionários dessa empresa que eles são "pagos para matar quem furta mercados" como eles afirmaram para o casal que espancaram, afinal, dos 6 seguranças torturadores, 4 portavam armas de fogo.

É estarrecedor como vocês se enchem de coragem com uma arma na mão, diante de pessoas indefesas, ao ponto de dizerem que se outras pessoas não tivessem visto as agressões, vocês sumiriam com os dois. Vocês, racistas, torturadores, agressores e monstros, são a escória da sociedade, tanto quanto quem vos contrata para prestar esse trabalho digno de quando colocavam pretos em troncos, os açoitavam com chicotes e os exploravam até a morte. Mas nós não nos intimidaremos. Vocês continuam ameaçando as vítimas e as testemunhas, mas não serão capazes de nos calar. Nós não temos medo.

Além disso, depois de um ponto trazido pela defesa do casal torturado, de que a proprietária da CZ seria apenas uma "laranja" para os negócios, revolvemos investigar e encontramos uma coisa bem suspeita.

Maria Eduarda Mandelli de Almeida consta, sozinha, como sócia da empresa. No entanto, seu irmão, Maximiliano Mandelli de Almeida, capitão da PM da BA, já foi acusado de homicídio.

Em julho de 2009, quando ainda era tenente, Maximiliano foi acusado de espancar, torturar e atirar no fisiculturista Jean Carlos Souza Campos, de 35 anos, no interior da boate Madrre. O corpo foi encontrado 3 meses depois, carbonizado em um carro. E sabem o que o capitão da PM teve como punição? Foi nomeado para ajudante de ordens da Assembleia Legislativa da BA.

Fonte: portal da transparência da BA

Como pode o poder público admitir que um porco fardado, com tanto ódio correndo em suas veias, capaz de espancar, torturar e até matar uma pessoa, seja nomeado para trabalhar para o povo, o mesmo que ele deveria proteger?

Outra pergunta que não sai da nossa mente é: será que Maria Eduarda repassou para sua equipe de funcionários as técnicas de espancamento e tortura que aprendeu com o irmão? Ou será que por trás de um quadro societário tão pequeno, Maximiliano se esconde como verdadeiro dono que ensina seus seguranças a serem "pagos para matar"?

Infelizmente, essas respostas não podem ser dadas, mas é de se estranhar que ambas empresas acusadas dessas atrocidades sempre tenham por perto porcos fardados com sede de sangue.

Conclusão

No furto famélico está a realidade cruel de indivíduos que, mergulhados na pobreza e na escassez, são forçados a escolher entre alimentar suas famílias ou obedecer às leis que priorizam a propriedade privada em uma sociedade que defende o lucro acima da vida humana. Diante desses fatos, nos digam quem são os verdadeiros criminosos aqui?

Aqueles que furtam míseras migalhas para saciar a fome que ruge em seus estômagos? Ou essa empresa hipócrita, essa sanguessuga corporativa que se recusa a enxergar a humanidade por trás do desespero? É esse o "respeito" que o capitalismo tem para com os que não têm nem ao menos o básico para sobreviver. Apenas R$ 30 de leite contra mais de R$ 106 milhões sonegados! Quem são os verdadeiros parasitas, nos digam?

Enquanto vemos todas essas horripilantes notícias acontecerem, sem que o grupo Carrefour seja devidamente responsabilizado, ele descumpre sua promessa e mantém contratos com empresas criminosas e racistas pagando até 40 milhões de reais anualmente para que elas continuem massacrando, humilhando, torturando e matando gente preta e pobre.

Com a ambígua e mentirosa ideia de impor ordem, mascaram a violência gratuita e o racismo estrutural, aplicados à luz do dia por essa parceria imunda do projeto "PATRÃO/CAPITÃO DO MATO" e, que nada mais é do que o retrato dos intolerantes dias em que vivemos, da inaceitável permissividade da sociedade, dos governos e das autoridades, sempre incompetentes, fechando os olhos para tais crimes. Precisamos dar um basta!

E, em uma forma de protesto por tantas pessoas agredidas e humilhadas, pelas vidas perdidas devido ao racismo, deixaremos o site da Cordialle fora do ar.

Nós não perdoamos,
Nós não esquecemos,
Nós somos Anonymous,
Nós somos EterSec,
Espere por nós!

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