#OpCovid19 - Elcio Franco

Operações 10 de Set de 2021 ES EN

Não é exatamente errado dizer que a CPI da Covid teve duas “temporadas”. A primeira, antes do recesso, estava focada nos desmandos e na completa incopetência do Ministério da Saúde em adquirir vacinas, traçar uma meta de prevenção da Covid-19 com isolamento social e testes em massa e no fato do Governo ter apostado todas suas fichas no ineficiente “tratamento precoce”. Já a segunda temporada, começou alguns dias antes do recesso da CPI quando o Deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão denunciaram um esquema de corrupção envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin. É aí que surge a figura do Coronel Élcio Franco.

Coronel Élcio Franco, hoje na pasta da Casa Cívil, era na época Secretário Executivo do Ministério da Saúde. Uma espécie de Vice-Ministro e chefe direto do ex-diretor de Logistica do Ministério, Roberto Ferreira Dias. O depoimento de Roberto Dias para a CPI colocou o Coronel Élcio no centro das negociatas com a empresa Barath BioTech na compra superfaturada de 400 milhões de doses da vacina Covaxin. A compra das vacinas acabou sendo cancelada depois que a CPI revelou inumeras irregulariedades com o contrato além de uma suposta propina no valor de US$ 1,00 por dose.

Élcio Franco tem ligações diretas com outros militares envolvidos nas negociações da compra dessas vacinas, além de ser uma pessoa muito próxima ao Presidente Jair Bolsonaro e também do então Ministro da Saúde, General Pazuello.
Élcio Franco havia prestado depoimento à CPI em 09 de Junho, antes de Roberto Dias. Na ocasião ele foi questionado sobre as recusas do governo em adquirir a CoronaVac, o porque da demora para responder a Pfizer, a obtenção de medicamentos sem eficácia do tratamento precoce e sobre a atuação do “gabinete paralelo”. Dias, por sua vez, foi ouvido pela CPI no dia 07 de Julho e declarou que Élcio era a pessoa que negociava a compra da Covaxin e que o próprio governo teria dado a ordem para deixar essa tarefa com o secretário executivo e não com o departamento de Logistica.

Um dos indicios de que o governo havia intervido seria a documentação falsa apresentada pelo Ministro Onix Lorezoni hoje no re-criado Ministério do Trabalho. Dias também está envolvido em outro negócio suspeito, a compra de vacinas da AstraZenica da empresa americana Davati, representada no Brasil pelo policial Militar Luiz Paulo Dominguetti
O Coronel Élcio Franco e o civil Roberto Dias ilustram perfeitamente como civis e militares se uniram de forma coordenada para saquear o Ministério da Saúde, e segundo o depoimento do Deputado Luiz Miranda, com conhecimento do próprio chefe do executivo, o presidente Bolsonaro. Os militares e os civis dentro do ministério estavam mamando em todas as tetas possiveis no Ministério.
Não fossem os desmandos e a ganância de militares e civis corruptos, a população brasileira poderia ter sido completamente vacinada até meados de maio desse ano segundo o médico sanitarista Gonzalo Vecina.

O Brasil já ultrapassou o número de 585 mil mortes pela Covid-19.
Que fique claro senhor Coronel Antônio Élcio Franco Filho: Nós somos Anonymous. Nós não perdoamos. Nós não esquecemos. O senhor deveria ter esperado por nós!

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