O Genocídio de Brotas

Notícias 26 de Nov de 2021 ES EN

No começo de Novembro, a Polícia Militar Ambiental de Brotas recebeu uma denúncia de maus-tratos e abandono de búfalos, encontrados em um cenário assustador com inúmeros animais mortos espalhados pela propriedade de Luiz Augusto Pinheiro de Souza, dono da Fazenda Água Sumida (zona rural do município).


Em sua maioria fêmeas, idosas e gestantes com seus filhotes, foram abandonados a sorte com a justificativa de "não possuo recursos para cuidar dos animais e não consegui vendê-los", custando a vida de ao menos 22 búfalos.Acusado de maus-tratos e preso, foi libertado após pagar fiança de R$ 10.000 mil reais e a PM Ambiental informa que aplicou multa de R$ 2,13 milhões por maus-tratos ao fazendeiro, que recorrerá contra a multa.


De acordo com o artigo 29 da Resolução Sima 005/21, é determinada uma multa de R$ 3 mil por cada animal vítima de maus-tratos, sendo o dobro se o animal vir à óbito.No dia 11, o juiz Rodrigo Carlos Alves de Melo concedeu a tutela provisória à ONG Amor e Respeito Animal (ARA), para os tratamentos necessários aos animais sobreviventes, porém no dia 18, a juíza Marcela Machado Martiniano retirou a tutela provisória da ONG e devolveu os animais ao proprietário da fazenda sob alegação de que o excesso de pessoas e o aparato (hospitais improvisados) assustavam o rebanho de búfalos.
O delegado Douglas Brandão do Amaral foi à fazenda no dia 21 e constatou que os animais continuavam a sofrer maus-tratos, ficando sem água e alimento, dando então, voz de prisão aos dois funcionários que estavam no local. Foi lavrado pelo delegado o auto de depósito declarando o presidente Nelson Alex Parente da ONG Ara como depositário de todos os animais.

De acordo com a defesa do fazendeiro, seu advogado Celso Barbará da Silva, afirma que as pastagens sofreram as consequências da maior seca em 90 anos que atingiu a região rural de Brotas, além de duas geadas conforme notícias publicadas em Julho desse ano. Por obrigação do fazendeiro, a falta de alimento para os animais deve ser substituída com outro alimento, pois nada justifica a forma que os animais estão sendo tratados. De acordo com as denúncias, o fazendeiro obriga seus funcionários a passar trator no local para estragar pasto, e com isso, dificulta ainda mais o alimento dos animais. A ONG Ara informou que entrará com pedido de guarda definitiva e, de acordo com o secretário de Agricultura de Brotas, Luiz Fernando Braz da Silva, a prefeitura apoiará no que for possível e estão aguardando novas decisões judiciais.


Deixaremos nossa nota sobre a situação.


Estamos acompanhando o caso das búfalas de Brotas, ao fazendeiro Luiz Augusto Pinheiro de Souza nosso total repúdio de suas ações contra os búfalos, e esperamos ações necessárias vindas da Justiça para que todos os animais sejam retirados da Fazenda Água Sumida e recebam os devidos cuidados.


DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS
Art. 14º 2. Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.

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